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Carros na música – Parte 1

Carros e música sempre tiveram forte ligação, seja pelas musicas que sempre embalaram as viagem nas estradas ou pelos carros presentes nas letras de músicas! Fizemos uma lista de carros presentes nas músicas e a primeira parte é composta apenas por carros nacionais, que é repleta de musicas com carros:

Simca Chambord – Camisa de Venus, 1986 – Um ano após o fim do regime militar, através de analogias, a letra faz um protesto contra o regime, além de utilizar o Simca como uma metáfora sobre a esperança e o desejo de um Brasil melhor que foi vendido na década de 60, mas nunca chegou, aqueles 50 anos em 5. Segundo as palavras de Marcelo Nova, líder do Camisa de Venus o modelo era objeto de desejo para a classe média da década de 60, e representava a ideia de esperança. Os trechos“Eu vi um futuro melhor, no painel do meu Simca Chambord” e “Ninguém saía de casa e as ruas ficaram desertas. Eu me senti tão só dentro do Simca Chambord”, representam bem a mensagem da música. Curiosamente, Marcelo nunca andou em um Simca Chambord

(Foto: Internet)

Pelados em Santos – Mamonas Assassinas, 1995 – Entre as 3 músicas mais tocadas naquele ano, até hoje é um dos maiores sucessos da música brasileira. Inspirada em um primo do vocalista, que era especialista em cantadas ruins, a música fala do dono de uma VW Brasília amarela apaixonado por uma moça que não corresponde a suas investidas. Apesar dos convites para ficar pelado na praia de Santos, comer feijão com jabá e ir para o Paraguai, a “pitchula” não se interessa pelo rapaz e sua Brasília.

(Foto: Divulgação)

O Chevette da Menina – Genival Lacerda, 1982 – Ainda com certa influencia da Pornochanchada essa e outras músicas da época eram recheadas de conotação sexual e o duplo sentido. Aqui supostamente a protagonista da música, Ivete, empresta seu Chevette para alguém que o devolve todo arrebentado. A interpretação fica por sua conta.

(Foto: Quatro Rodas)

Ouro de tolo – Raul Seixas, 1973 – Sem dúvida a letra mais profunda e emblemática de nossa lista. Aqui Raul relata a vida de um pai de família de classe média, que apesar de ter conquistado conforto financeiro, como seu apartamento e seu Ford Corcel do ano, não conquistou a felicidade. A musica inteira tem tom melancólico e é contada pela visão de alguém que batalhou muito para conquistar bens materiais e quando conquistou, viu que não era tudo isso e se vê infeliz na situação que está.

(Foto: Internet)

Roberto Carlos – Calhambeque, 1964 – A musica é uma adaptação da música americana Road Hog de John D. Loudermilk, mas diferente da versão de John, que fazia algumas peripécias com seu colega na estrada, a versão de Roberto fala de um rapaz que tem certa dificuldade com as mulheres e mesmo com um carrão não tinha muito sucesso. Precisando de um reparo em seu Cadillac Eldorado, ele o leva ao mecânico, que para não deixa-lo na mão, o empresta um calhambeque, nome antigamente aos carros “velhos” fabricados nas décadas de 20 e 30. Com um pouco de vergonha, ele aceita e ao andar pelas ruas, percebe que sua sorte mudou e todo mundo mundo, inclusive as garotas querem dar uma volta no charmoso Chevrolet Coupé 1933. Ele fica tão apaixonado que quase que não quer mais o Cadillac.

(Foto: Internet)

Bônus: Ronnie Cord – Rua Augusta, 1963 – Sob forte influencia do Rockabiiy e a Kultura Kustom, essa música representava a juventude rebelde da época, que ouvia a “barulheira” do Rock n’ Roll vindo dos Estados Unidos, customizava seus carros e andava em “gangues”, mantendo a fama de garotos maus! Na música ele conta um pouco de um passeio com a turma e como anda em alta velocidade pelo centro de São Paulo, como por exemplo a rua Augusta, um dos lugares mais descolados da cidade, na época e atualmente.

(Foto: Internet)

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